terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Iceberg


Por que essa maldita agonia que me toma o peito,
E de supetão me joga longe no espaço,
Como se fosse uma espaçonave voando rápido no horizonte,
Como um grande navio cruzando rápido o oceano,
Corre rápido a sua direção mais infelizmente volta sem resposta,
Como se um iceberg barra-se sua ida no meio do caminho,
E joga meu coração ao meio de águas gélidas e sem vida,
E fico lá a deriva do tempo e perdido no espaço
Como se fosse um pedaço de gelo flutuando,
De um lado para o outro do oceano sem saber para onde ir,
Como era bom ficar aportado em uma praia tropical,
Com o sol sempre a alegrar os dias,
E a chuva a esquentar o mar no fim da tarde,
Mais agora só o que me resta é frio, gelo e mais frio,
O ultimo suspiro sai de meu corpo gélido e pálido,
Já não consigo respirar meu pulmão esmagado esta,
Não sinto mais minhas pernas o frio já as tomou,
Agora meus braços vão adormecendo lentamente,
Minha boca roxa e tremula como um terremoto,
E no fim só o que sinto é um forte adeus,
Que escuto ao longe tão longe que já não estou mais aqui,
Quando ele simplesmente chega e clareasse tudo como o sol. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Perdao


Há tempo para se desculpar,
Ou a desculpa cabe em qualquer tempo?
Será mesmo que as pessoas sabem perdoar,
Ou só fingem para não magoar?
Somente com o tempo perdoam,
E acabam por esquecer,
Perdoar é esquecer o feito,
Ou lembrar eternamente mais com um sorriso?
É mais fácil esquecer, perdoar, ou simplesmente entender?
O que será ao certo o perdão eu não sei,
Mais sei que o mais difícil é perdoar,
Existem pessoas que falam que esquecer é difícil,
Para essas perdoar deve ser impossível,
Acho que não há sentimento mais tolo que o perdão,
Ele às vezes é frágil a ponto de sucumbir ao orgulho,
E às vezes forte o bastante para restaurar o amor,
Pobre tolo perdão tu es tão tolo como aquele que não perdoa,
Há pessoas no mundo capazes de sentirem tanto ódio,
Que nem se ajoelhando em frente delas seria capaz,
Ao menos retirar um sorriso de seus rostos de mármore. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Silhueta


Quando partiu levou consigo um pedaço de mim,
Um pedaço que hoje em mim marcado ficou,
As cicatrizes de uma separação nunca se curam,
Foi como se sua silhueta fosse tirada do meu ser,
E no âmago de meu tormento ele esta aqui,
Pequeno, ferido, doente e sem animo,
Aquele pequenino coração ao qual batia por ti,
Hoje já não bate mais nem ao menos suspira,
Pois não tem mais força nem para se recuperar,
Será que um dia retornaras ao seu devido lugar,
E assim fará com que esse pequeno volte a ser feliz,
Será que assim como meu ser ele retomara a juventude,
Fugaz que logo não estará mais aqui,
Qual quer hora à silueta que me falta será completa,
E ele retornara a seu estado normal de ser?
Ou será que ficara assim escuro e gélido para sempre,
Mais nunca se esqueça de palpitar meu coração,
Pois só assim deixaras o amor que há em mim,
Fluir por dentre as veias e chegar ao cérebro,
Que se torna inundado pela paixão e embriagado de amor,
Só assim coração sou capaz de escrever e viver como devo. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

Pequenas lembranças


Às vezes um simples objeto,
Faz-nos viajar tão longe,
Que nem ao menos,
Temos chances de nos despedir,
Nem mesmo olhar para traz,
Esquecer o tempo o espaço,
Viajar em lembranças e pensamentos,
É tão rápido como um flash luminoso,
Como um carrinho de fricção,
Somos levados para traz,
Ate que nos empurram novamente para frente,
E rapidamente voltamos aos nossos corpos,
É tudo tão rápido que nem ao menos piscamos,
As lembranças nos carregam para o passado,
E nos inserem no futuro ao invés do presente,
 Seria bom ter-te novamente ao meu lado,
Mais mesmo assim fico grato,
Em ter uma pequena parte de ti em mim,
Um grão diante de sua presença,
Mais que me resgata aquele momento,
Em que sua presença me pertencia,
E eu a pertencia como dois imãs que se atraem,
Como forças contrarias se atraindo,
Feliz que sou por poder lembrar,
A lembrança é um dom que devemos agradecer,
Pois só ela nos faz lembrar o que já passou,
E reparar o que ainda vira.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Avalon


Lá fora alem dos portões da imaginação,
A um mundo lindo onde não há verões,
Onde reinam magos, príncipes e dragões,
Onde a honra é medida por brasões,
E mesmo assim competida por bravos campeões,
É assim na longínqua terra de alem da imaginação,
Lá de onde vêm todas as inspirações,
É de onde brota a fonte das musas que enchem o coração,
A alma sem razão já exala a mais pura transpiração,
O cheiro de grama e barro enche nossos pulmões,
E nos faz lembrar a qual mundo pertencemos,
A como fostes lindo por aqui minha passagem,
Quanta falta sinto dos riachos que já não posso mais ver,
Que falta me faz aquele néctar doce de fruta madura,
Que me enchia a boca sem amargura,
É de lá que vens grande guerreiro e pra lá retornaras,
Pois quem a Avalon pertence sempre poderá voltar,
E é aqui que repousa o grande rei Artur,
Neste lago adormece sua lendária espada Excalibur,
Lembre-se do caminho de volta grande guerreiro,
Pois bastara um dragão alcançar,
Alçar vôo e logo aqui estará,
Lembre-se cavalheiro de sempre sonhar,
E nunca se esqueça de amar,
Pois sem amar sozinho estará,
E nunca mais a Avalon poderá retornar. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Melancolia


A chuva lá fora a bater na janela,
Lembra-me de como meu coração batia,
Sempre quando te via ou sua voz ouvia,
Mesmo longe sei que pensa em mim todo dia,
Queria que não fugisse de mim mais às vezes eu fugia,
Fugia de mim mesmo e como corria,
Nem parei pra ver se me lembrava e respiraria,
O ar que de ti escapava e seu olhar que me vigia,
E os meus simples, correndo quem sabe a encontraria,
Mesmo que nada faça mais sentido à vida acabaria,
Tocando ao amanhecer uma eterna sinfonia,
Há bela alvorada celeste que me enfraquecia,
Sem medo mais porem como a temia,
Mais tudo isso se resume em minha teimosia,
De tentar ter a quem a mim não pertencia,
E pra isso usar o artifício que primazia,
A arte mais bela que existia,
E a mais vã filosofia,
Aquela ao qual aos homens pertencia,
E que agora não passa de van ironia,
Mais mesmo assim a ouvia,
E repercutia com grande maestria,
As mais lindas poesias.

Bruxaria


Como seria bom,
Uma mensagem receber,
De alguém que tanto quero ver,
Daquela aos quais dedico meus sonhos,
Aquela que adorna minhas inspirações,
E é fruto de minhas aspirações,
A cada pequeno sinal meu coração já palpita,
Esperando por sua resposta,
Esse seu sumiço me preocupa,
A preocupação me inquieta,
Ai como bom seria ficar quieto ao seu lado,
Mesmo que por um instante,
Poder inalar seu doce perfume,
E acariciar sua face rubra,
E poder ter a certeza que duraria eternamente,
Como antes havíamos jurado,
Há pequena sereia de meu mar,
Seu canto me atrai mesmo que por encanto,
Um encanto ao qual reage todo meu ser,
Tão forte sois que me entorpece a alma e o coração,
Esse que já quase não bate,
Passa tempos a apanhar sem razão,
Que já cansado esta de tanta dor,
Há coração tolo reaja sem medo,
E pule de supetão trazendo de volta a inquietação,
Há como bom seria ouvir-te bater novamente. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Verde Riacho


Sabe é tão estranho às vezes,
Como pode uma pessoa se apaixonar,
Por outra que nunca viu,
Por que me fascina tanto,
Será seu jeito meigo de olhar,
Ou o mistério que vejo no fundo de seus olhos,
Esse raso riacho,
Por onde corre águas esverdeadas,
Será esse o motivo de tanto fascínio,
Ou será outro que ainda não descobri,
Mais volto sempre e me pergunto,
Uma pergunta que já não preciso mais responder,
Por que será que gosto tanto de você,
Bom em tempos remotos diria que foi deus,
Ou pura armação do destino,
Mais em tempos de hoje já não se há mais explicação,
É como se os sentimentos fosse apenas forças,
Que fazem as coisas acontecerem ou não,
Mas sei que ainda há por ai pessoas que assim como eu sabem,
Que os sentimentos são mais que forças,
Eles são as razões de tudo e todos existirem,
E é essa a razão de tanto fascino por ti.


Pra você Feh