sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Horizonte


Um mar aberto,
Pode ser perigoso demais,
Para um singelo barquinho a deriva,
Mais mesmo assim irei levantar ancora,
Pois as margens to horizonte me esperam,
E mesmo que enfrente monstros e feras,
Continuarei de pé, imóvel e inabalável,
Diante os desmandos que trazem as ondas,
As grandes ondas que afligirão minha poupa,
E mesmo que aviste grandes pedras ao longe,
Não mudarei o curso e correrei de encontro a elas,
E mesmo assim não pararei de seguir o horizonte,
Aquele ao qual prometi chegar e chegarei,
Pois o destino de muitos é o desejo de poucos,
E os desvios da vida já conseguiram muitos,
E são poucos aqueles aos quais seguem o horizonte,
Com retidão, honra e mesmo assim humildade,
Aquela humildade que um dia o mestre teve,
Ao ensinar todos sem distinção de credo ou etnia,
E seguirei em busca de mim mesmo,
Pois sei bem que um dia encontrarei meu eu,
E descobrirei tudo o que a mim não era permitido saber,
E mesmo que tentem me esconder seguirei em frente,
Pois ali esta a resposta para tudo,
Ali naquela linda que vemos a olhar o horizonte.

domingo, 18 de dezembro de 2011

L'amoureuse


O amor a algo inexplicável é como uma canção,
Que você sempre vai lembrar mais nunca se lembrara,
De como escutou ela e quando foi à primeira vez,
O amor não tem hora não tem fronteiras,
O amor transpõe barreiras que a morte,
Não é capaz de transpor
Amor é tão sublime que ate o mais duro dos homens,
É capaz de senti-lo mesmo que por um instante,
Se entregue pense na pessoa o tempo todo,
Saiba que aquela pessoa às vezes pensa em você,
Quando falar dela sinta seu coração bater mais forte,
E apertado no peito como se quisesse fugir ao encontro dela,
E é só assim que saberás o que é sentir o amor,
E só assim poderás dizer um dia amei,
Há como seria bom que essa maldição poética se fosse,
E eu pudesse ao menos por uma vez dizer eu nunca amei,
Como seria bom viver livre sem gaiola,
E voar de encontro à aurora sem ter precisão de voltar,
Há passarinho como te invejo ao ver teu ninho,
Sabeis que ai sozinho tem razão para cantar,
E eu que sou um eterno apaixonado,
Passo as noite enluaradas sem ter quem me acompanhar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

E que a terra lhe sejas leve !!!


Há van ironia como bom seria,
Se a vida não se passa de uma poesia,
A como bom seria se as falas,
Não passassem de melodias,
Há como seria bom poder sofrer,
Do mesmo mal que sofreram outros antes de mim,
Aquele mal que imortalizou tantos outros,
Como seria bom poder beber do ultimo cálice,
E saldar-me como fizera Dom Casmuro antes de mim,
Ser a suma e o resto imortalizar as palavras,
E selar com mármore o que de mim resta,
Pois aqui nada reside só a dor e o sofrimento,
Mesmo assim sei que minhas palavras serão soltas ao vento,
E um dia como juramento selá-las-ei,
Com um terno e carinhoso beijo de morte,
A derradeira dama inspiração,
À qual nunca poderemos escapar,
Aquela que adorna os sonhos mais sombrios,
E que sempre esta a me rondar,
E como num sonho lindo,
Repousarei deitado em veludo vermelho,
O mesmo vermelho que um dia correu em minhas veias,
Já ouso os cascos de seu corcel negro ao longe,
Os estrondos de suas patas e o brilho que faísca de suas ferraduras,
Que venha logo me buscar minha linda dama,
Antes que eu mesmo me incuba de faze-lo.