segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Zombes


Não se preocupe com futilidades,
Pois elas só servem para cegar-te,
Não procure o mais bonito,
Pois o que mais te ama deve ser normal,
Não zombe do feio,
Pois por dentro ele deve ser o mais lindo,
Não subestime o fraco,
Pois certamente,
Sua coragem um dia o surpreenderá,
Não tema o forte,
Pois mesmo os mais fortes sucumbiram,
E diante aquele que oprime,
Lamentaram-se com lagrimas nos olhos,
E são essas lagrimas que deves valorizar,
Pois será a de mais puro arrependimento,
Serão essas que mostraram que nada é forte,
Nem mesmo a própria força,
Quem são esses reles mortais?
Por que se auto intitulam fortes,
Por que se acham tão superiores,
Ao ponto de subestimar a força do oprimido,
Pois bem senhores continuem a zombar,
Pois um dia ainda lhes estenderei a mão do companheirismo,
E só assim saberão dar valor a aqueles que tanto zombam.

domingo, 6 de novembro de 2011

Tic-Tac


Tempo que tempo esse que me tortura,
Esse tempo que passa logo feito um tufão,
Com a velocidade impressionante,
Que tempo é esse que flui,
Como a nevoa da noite no mar,
Que chega logo e demoras a passar,
Quão grande es um grão,
Que passas fácil no turbilhão,
Que tom é esse que escuto ao longe,
Como um pequeno guizo dezembral,
Barulho estranho esse que ouço,
No entorno da noite,
Parece-me um relógio a tictaquear,
Mais que estranhos sois som,
Meus olhos medidor de tempo algum pode ver,
Passa noite vira dia,
E o som some como aquela antiga melodia,
Que me lembro vagamente todo dia,
É melhor parar pois já se passa do meio dia,
O tempo ruge como um leão,
Só não é mais bravo que esse patrão,
Que vive a esbravejar sobre o tempo,
Sempre com passos firmes,
Passa rápido como os trens da ferrovia,
E não para nem ao menos para dizer bom dia,
Meu deus que mundo é esse que estamos,
Quantos séculos já se passaram,
E todo mundo sem esquece de bater o ponto,
Bom preciso apresar-me,
Chega de tanto falatório,
Tenho pouquíssimo tempo,
E ainda há de me lembrar de entregar o relatório.

sábado, 5 de novembro de 2011

Escuridão


Para meus olhos uma fagulha já seria suficiente,
Seria ótimo que um pequeno facho de luz,
Atravessasse esse túnel escuro e sem fim,
Seria bom voltar à vez a luz,
Depois de tanto tempo de escuridão,
Mas essa que me conforta tanto,
Essa que me ajuda quando preciso,
Essa coisa que para alguns é ruim,
Mais para mim é uma simples amiga,
Que me abraça apertado quando necessito,
Às vezes paro e penso se isso não me trouxe problemas,
Mas os pequenos problemas causados por ela,
Não é tão grande quanto o acalento que me da,
Penso que a fagulha que procuro,
Possa ser a luz que me cegara de uma vez por todas,
Fazendo-me voltar à escuridão para sempre,
Poderia viver para sempre no escuro,
Pois assim não correria riscos dessa fagulha me alcançar,
Sei que posso achar uma fornalha acessa em meu ser,
Mas o acalento me vem de fora da escuridão que me rodeia,
Penso também se poderia voltar a viver a luz plena,
Acho que não poderia sem ter algo,
Escuridão entre a luz e meus olhos,
Sei dessa realidade,
Pois pra mim os dias mais claros são os de mais tormento.