quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Epístola à Lua


Dizem que em dias assim,
Toda a tristeza do mundo sobe aos céus,
E cai em forma de chuva,
Mais infelizmente não é esse meu caso,
Pois minha tristeza é tão densa,
Que não se elevara aos céus,
Mesmo nas noites em que a lua brilha,
Não posso vê-la,
Pelo fato de que nessa hora,
Minha tristeza teima em subir aos céus,
E assim enevoar a lua que tanto brilha,
Ultimamente tenho noites assim,
Mais não sei se poderei,
Vê-la novamente,
Pois meus olhos já não são mais dignos,
De ver tanta luz e beleza,
“Depois de tanto tempo”,
Não sei se meus olhos são capazes,
De enxergar sua luz sem se cegarem,
Mais mesmo assim ainda tentarei,
Afastar de ti oh lua,
Essas tão vis nuvens,
Que eu mesmo construí,
Mais te juro lua,
Que não fizera as nuvens propositalmente,
E por isso não deixarei mais elas ai,
E retirá-las-ei uma por uma,
Mesmo que isso dure a eternidade,
Ainda verei novamente seu brilho. 

domingo, 28 de agosto de 2011

Oito Letras...



As palavras devem fluir como melodia,
A melodia deve vir acompanhada,
Nunca sozinha e desamparada,
Uma palavra é simples na escrita,
E complicada no falar,
Pois nada mais difícil do que terminar,
A palavra que no papel soa tão simples,
Destrói completamente o que cultivamos,
Com tanto amor e carinho,
Destrói aquilo que vimos crescer dia a dia,
Um sussurro que seja já é forte o bastante,
Já não queria ouvir a tempos essa palavra,
Já me era uma vaga lembrança de um dia ruim,
Mais agora vejo que essa palavra nos assola todo dia,
E mesmo fugindo dela ela teima em nos perseguir,
Oito letras já foram capazes de mudar e destruir,
Mundos inteiros como agora fizera com o meu.  

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tempos Remotos



Outrora quando a vida me era pulsante,
E o coração vivido num pelo e pulsante viver,
Onde a honra e as virtudes eram mais fortes,
Que as desonras e os vícios que nos assolam,
Hoje em dia a dor que é tão forte no peito,
Que o coração quer sair a perambular pela noite,
Boêmio e ébrio a percorrer a penumbra,
A solidão que o consola com um copo cheio,
O tilintar das canecas nos balcões,
E mais e mais as turvidades da vida,
Vão ficando de lado,
E as alegrias já me fazem rir,
Mais infelizmente o mundo esta conturbado,
Não gosto de viver em um mundo assim,
Não estou acostumado com essa vida,
Do mundo onde vim as pessoas eram cordiais,
E as amizades eram mantidas ate em batalha,
E as honras eram defendidas com armas,
Mais não como essas de hoje em dia,
E sem armas honradas,
Pois era medida a força homem a homem,
E não como hoje que um simples tiro mata,
É desse tempo que sinto falta e é por isso que vivo ébrio,
É por isso que sou boêmio pela falta que me faz essa vida.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A como seria bom se fosse Segunda


Bem que hoje poderia ser segunda,
Para que pudéssemos nos ver amanha,
E eu poder reparar tudo que fiz,
Se amanha fosse segunda,
Poderia pelo menos ver-te amanha,
E sentir você mesmo que por pouco tempo,
Ai se amanha fosse segunda que bom seria,
Tem a semana inteira pela frente,
Para nos entender,
E eu poder mostrar pra você,
Que só tento te alertar das coisas,
E que algumas pessoas,
Não são o que parecem ser,
E que a maldade ainda esta viva,
Mesmo que seja em alguém a quem chama de amigo,
Mais em alguma segunda entendera tudo que falei,
E verá que só falei para seu bem.