quarta-feira, 25 de junho de 2014

Le Papillon



 

Estranho eu nunca ter falado sobre borboletas,
Na verdade vejo que nunca pensei tanto nelas,
Pequenos seres tão indefesos e tão belos,
Hoje me peguei pensando nelas,
Em milhares delas voando alto,
Não tão alto na verdade,
Estão sempre a altura das mãos,
Que vivem tentando apanha-las,
Mas elas continuam a voar livres pelo ar,
São delicadas como pequenas flores,
Flores que voam soltas no ar,
Devem continuar livres sem prisões,
Nem ao menos grilhões a prende-las,
Fico imaginando se fossem abundantes,
Se não fossem tão raras de se ver,
Será que a vida seria mais bonita,
Se nós voltássemos nossos olhos as borboletas,
Que belamente voam soltas pelo ar,
E se víssemos borboletas todos os dias,
Se fossem milhões de vezes,
Será que perderia a graça vê-las voar,
Existem pessoas que tem medo delas,
Outras as acham nojentas e sem graças,
Mas os verdadeiros admiradores de borboletas,
Sabem que devem observa-las e deslumbrar,
Sua graça antes que elas voem pra longe,
E demorem como o vento para voltar.

sábado, 7 de junho de 2014

Temendo o dia...



Devastidão, destruição, aniquilação,
 São sinônimos da morte,
Ou o abraço forte da noite que a sucede,
A noite em que as belas criaturas habitam,
Somos nós que não falamos mais sua língua,
Feitos de escuridão e gelo,
Somos belos como raios e fortes como trovão,
Filhos da noite em meio a imensidão,
Tememos apenas o dia e sua destruição,
É no dia em que os homens trabalham,
Dentro das doze badaladas dos sinos,
Estão contidos os seus erros e sua podridão,
Vivemos a margem de sua maléfica decisão,
Estamos todos indo na contra mão,
Enquanto dorme estamos acordando,
Enquanto acordam continuamos os vigiando,
Para só após repousarmos em descanso,
Camuflando-nos em seus distúrbios,
Somos carne, ossos, sangue e coragem,
Sãos como somos, chamados de loucos,
Nossos olhos não estão acostumados com a luz,
Estamos acostumados com a escuridão,
E ela não repousa em suas almas sujas de morte,
O negro é a mistura de todas as cores,
Enquanto vocês feitos de luzes dizem ser puros,
Nós vivemos de experiências,
Que nos mostra como agir e sempre nos guiar,
Para saber ser alguém sempre melhor,
Será mesmo que a luz é a dona pureza,
Ou a escuridão da noite contém os mais puros corações,
Pense... Os lobos preferem caçar a noite,
Os homens vivem de dia com medo da escuridão,
Mal sabem eles que deviam temer o dia...