domingo, 10 de abril de 2016

Prisão


Peito aberto em ferida exposta,
A dor lancinante cega os olhos,
Mas essa já não é ferida em carne,
Foi n’alma que se lançou garras,
Destruindo tudo aquilo que fui um dia,
Expôs meu ser aberto e frágil à chuva gélida,
A vida se esvai de meus olhos agora,
O dia cinza já não me é tão belo a vista,
Ah! Furiosa dor que me assola,
Deixe-me aqui novamente em isola,
Estou aqui agora em extrema agonia,
Jogado como poeira a espera do vento,
Nesse chão de puro lamento,
A solidão como companheira,
Acompanha-me nessa insana bebedeira,
A confusão dos dias quentes de verão,
Joga-me novamente nessa maldita prisão,

E aqui fico eu, encarcerado novamente em meu coração.