Peito
aberto em ferida exposta,
A
dor lancinante cega os olhos,
Mas
essa já não é ferida em carne,
Foi
n’alma que se lançou garras,
Destruindo
tudo aquilo que fui um dia,
Expôs meu ser aberto e frágil à chuva gélida,
A
vida se esvai de meus olhos agora,
O
dia cinza já não me é tão belo a vista,
Ah!
Furiosa dor que me assola,
Deixe-me
aqui novamente em isola,
Estou
aqui agora em extrema agonia,
Jogado
como poeira a espera do vento,
Nesse
chão de puro lamento,
A
solidão como companheira,
Acompanha-me
nessa insana bebedeira,
A
confusão dos dias quentes de verão,
Joga-me
novamente nessa maldita prisão,
E
aqui fico eu, encarcerado novamente em meu coração.