quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fagulha


Às vezes na calada da noite pode-se,
Ouvir as mais serenas respostas,
Para as mais frias perguntas,
Às vezes quando não lhe resta mais saída,
Saiba que na calada da noite a luz aparece,
E a inspiração flui pelas veias,
Como um trovão rompe a escuridão,
E torna o céu claro com sua luz,
Saiba também,
Que não importa o quão escuro esteja você enxerga,
Pois se carregar consigo de peito aberto,
Um pequeno facho de luz em seu coração,
Saberás que iluminara um coração sombrio a sua frente,
E esse por ventura encandeara a escuridão,
Espalhando esse pequeno facho de luz,
Uma pequena fagulha que seja incendeia um paiol,
E essa mesma pequena fagulha pode acender o coração,
Só é preciso raspar duas pedras perto do peito,
E novamente o calor intenso de seu coração volta a iluminar.  

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ignorância


Qual será o motivo,
Para que pessoas tratem as outras,
Com tanta indiferença,
Por que pessoas que amamos,
Conseguem ser as que mais nos decepcionam,
Qual será a conseqüência desses atos,
É isso que mais me deixa aflito,
Será que um dia essa pessoa sofrera?
E se sofrer pelo que sofri não estarei feliz,
Pois não quero pra ninguém o que sinto,
Essa amargura e esse sentimento diminutivo,
Que me toma de supetão e é capaz de me deixar no chão,
Esse sentimento podre e infame,
Que é capaz de deixar os maiores homens,
No estado de formigas correndo em meio à multidão,
Maldita seja a ignorância que povoa a mente,
E destrói os inocentes e a inocência,
Maldita sejam esses seres que rastejam em meio à lama,
Que seus corações frios possam ser quebrados,
E jogados ao mar para que nunca mais,
Possam habitar um peito e ferir uma alma,
E que a raiva que sinto de um dia ter te amado,
Seja revertida em amor para esses corações,
Que se secam cada vez mais em sua própria ignorância.       

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cupido


Um tiro vara-me o peito,
Com uma força inimaginável,
Rasga-me a carne e perfura o coração,
Um alvo certeiro a palpitar,
A flecha ate posso retirar,
De meu peito,
Mais sua ponta no coração ficara eternamente,
Posso depois de anos,
Sofrer as dores causadas,
Por esse maldito arqueiro,
Que não se cansa de mirar-me,
Malditas harpas que tocam em minha cabeça,
Já me cansei de sinos ouvir badalar,
Maldito querubim que não se cansas de mim,
Aponte seu maldito arco a outra direção,
Mais não se esqueça,
Que um dia ainda precisarei de ti,
E ajude-me novamente a ter inspiração,
Com sua bela harpa a tocar,
Seus sinos a badalar,
E suas flechas a me acertar,
Que deveras ajuda-me diariamente.

Tempo


Perguntam-me o que em ti a me atraído,
A resposta vem rápida como um trovão,
A principio seu meigo jeito de ser,
Seu belo rosto de anjo,
Seus cabelos negros como a noite,
E seus olhos brilhantes que cintilam sem cessar,
Suas vergonhas escondidas em meio a sorrisos,
Lindos e meigos sorrisos,
Seu jeito lindo de ser,
Nada há me atraído mais que esse seu jeito,
Esperar-te será uma honra,
Que nunca irei arrepender-me,
O tempo é relativo e passa rápido para quem ama,
Alguns minutos não são suficientes nem para pensar,
Horas não são suficientes para falar,
Nem dias para sentir,
Nem mesmo os anos mais longos não são suficientes,
Para acabar de vez com um amor,
E se esse amor deve esperar,
A de esperar e não as abalar,
Nem mesmo duvidar,
Da existência do mesmo que não se cansara.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sim Senhor!!


Rimas rápidas,
Tempo é dinheiro,
Condicione seu cérebro,
Faça com que o torne uma maquina,
Comande o sentido da palavra,
Prenda sua atenção,
Não fique disperso,
Ordinário marche,
Ponto final já basta,
Seja livre voe com o som,
Chegue onde quiser,
Abra as asas da poesia,
Esqueça o tempo ele não é nada,
Só um simples artifício para homens vazios,
Deixe passar não corra atrás,
Simplesmente sinta,
Solte tudo o que esta aprisionado,
Sinta-se leve como a brisa,
Plaine brevemente e volte ao chão,
Deite nele e sinta toda sua vibração,
Deixe que o lápis corra feito um furacão,
E os sentimentos explodam como um vulcão,
A escrita é uma arte condicionar só a torna industrial,
Futilidades são postas a prova,
Afronte o sistema sem pestanejar,
Não deixe que o mecanizem pense por si próprio,
E só assim será livre e só assim o verso será belo,
Não se prenda a regras,
Pois elas só foram feitas para serem quebradas.


domingo, 9 de outubro de 2011

Perguntas ?


Se faça uma pergunta,
Só uma simples pergunta,
Já me apaixonei?
Bom alguns responderam rapidamente,
Outros se rodearam em pomposidades e fricotes,
Bom, sou um desses que responderei a mim mesmo,
Facilmente e rapidamente,
Pois tenho plena convicção,
De que já me apaixonei,
E digo mais eu sou um apaixonado nato,
Não consigo viver sem uma paixão,
Se for esse seu caso se pergunte de novo,
Isso pode me atrapalhar?
Nessa parte o jogo já se divide em dois novamente,
Os que responderam que sim e que não,
Sou exceção a regra, pois responderei talvez,
Talvez atrapalhe sim,
Pois não consigo um tempo pra mim,
Mais eu vivo apaixonado,
Nem sei mais se penso em eu como ser,
Ou será que sou só uma experiência do destino,
Algo que ele criou para ver se na terra existe paixões,
Como às vezes mal digo essa minha característica,
E acho que não só minha mais de todo poeta,
Pois todo poeta é um apaixonado nato,
Que já nasce com a flor da paixão em seu largo peito,
Essa flor que aflora cada dia mais como suas paixões,
O que é um poeta sem sua musa ou sua paixão,
Um poema sem paixão é simples linhas vazias,
Então um poeta sem paixão seria só uma casca?
Será que o que enche o poeta nada mais é do que sua paixão,
Não só a paixão pelo outro ser mais também com o seu ser,
A sua criação aquela que de saiu de seu âmago,
E transpôs as barreiras do corpo e lançou-se no papel.