quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nocturnos


Queria poder tomar-te em meus braços, 
Nessas horas que por hora batem, 
Ouvir o sinos que ao longe tocam, 
E anunciam que lá vem aurora, 
Queria acalentar-te,
No profundo adormecer de suas pálpebras, 
E sentir-te ir-se a longa jornada noturna,
Por entre minhas mãos,
Essas as quais anseiam em acalentar-te a face do dia exaustivo,
Essa mesma que se transforma em tranquilidade profunda, Enquanto se vai pôr entre meus braços, 
Recobre o sono em meu largo peito, 
Vasto de anseios e de sonhos varonis,
Que despertam e desprendem de mim o sonho dos imortais,
Aos quais sem sombra de dúvidas,
Devem-lhe tamanha inspiração aos seus feitos ancestrais,
E se é deles o poder de decisão,
Permitam que sem mais tardar transponha,
Com magnitude e beleza as grandes traves dos meus umbrais,
Antes que o tempo se encarregue de passar rápido demais,
E leve com ele a emoção de dividir contigo,
Esse amor que não sucumbira Jamais...