quinta-feira, 25 de março de 2010

Terror

Vejo vultos, escuto vozes, 
Os dentes trincam, a porta range,
O calafrio que sobe pela espinha,
Litros de terror entram,
Pela corrente sanguínea,
Chegando ao cérebro
Em uma grande velocidade,
Logo o medo é substituindo,
O sentimento de fuga toma o ambiente,
Mais a adrenalina não me deixa escapar,
Fico parado,inerte, os movimentos falham,
O coração para de bater por segundos,
E entre os trovejados e pingos de chuva,
Surge um pequeno gatinho por entre a porta.


 

segunda-feira, 22 de março de 2010

Chuva

A chuva a cair la fora
De gota em gota vejo os pingos entrando
Pela janela entre-aberta,
Vejo os fachos de luz do sol entre as nuvens
Sinto o vento em minhas costas ,
A brisa leve e gelada,
A fazer carinho em meu pescoço,
Como a lembrança de suas mãos a me acariciar,
A chuva agora cai com mais intensidade,
E as nuvens estão escuras o suficiente,
Para mim enxergar o horizonte que antes não via,
Pois o brilho do sol ofuscava minha visão.  

quinta-feira, 11 de março de 2010

Paz Interna

As coisas estão estranhas,
Não sei mais se sou fogo ou água,
Se estou ou não estou,
Me sinto leve sem essas pedra,
Que antes assolava meus ombros,
Os fantasmas ainda me assombram,
Mais não são como antes,
Estão menos amedrontadores,
Mais sarcásticos mais irônicos,
Ferindo menos meu coração,
Espero que um dia eles cessem,
Para que assim possa viver em paz.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Amargura

Já não aguento mais viver sem um coração,
Um que bata em meu peito,
Pois esse você levou consigo,
Estranho é saber que é muito capaz,
De nunca mais o ve-lo,
Nunca mais o sentir em meu peito,
Agora aberto pelas foices,
Que a carregaram de mim,
As mesmas que me trancaram aqui,
E que não me deixam escapar para ve-la,
As próprias que você mesma criou,
As que você mesma ordenou que me deixaste aqui,
Nessa amargura sem fim que estou envolto,
Para sempre...  


segunda-feira, 8 de março de 2010

Semeadura

Como podemos semear uma flor sem a ajuda do solo,
Como semearemos o amor sem a ajuda de outro coração,
Sempre plantamos esperando receber mais infelizmente,
As coisas não são assim, um dia de tanto esperar sei que 
cansarei, mais sempre estarei aqui mesmo sem esperar,
Estarei aqui de braços abertos pra teu coração,
Plante o amor no meu e nunca mais ficara sem frutos,
Para saciar sua sede e matar sua fome,
Mais só te peço uma coisa, 
Fique sempre embaixo da sombra da arvore,
Pois ela te protegera dos raios do sol que te queimaram.   

quinta-feira, 4 de março de 2010

Amei

O maior problema é que nunca poderei falar,
Que amei um dia, Sendo que te amei todos os dias,
Não me arrependo,
De ter te esperado todos os dias,
Só de não ter percebido que devia ter vivido,
Enquanto você vivia e  morrido quando esquecesse ,
Mais as coisas não são tão fáceis,
Mesmo não te querendo te quero,
Mesmo não te amando, te amo,
Mesmo não estando te sinto,
Acho que as cicatrizes ficaram aqui,
Pro resto da minha medíocre existência.