terça-feira, 17 de julho de 2012

Imensidão



São como diamantes raros belos e brilhantes,
Grandes e profundos como a imensidão do mar,
Azuis como o infinito horizonte,
Serás eles navegáveis para minhas naus,
Ou serão flutuáveis como o céu acima de nós,
Não sei ao certo se irei me afogar ou simplesmente voar,
Só sei que profundo são e como são profundos me afoguei,
E lá no fundo certo brilho eu encontrei,
Certo brilho que só em sonhos eu recordo ter visto,
Mais às vezes me engano com o olhar,
Embriago-me e deleito-me com olhares,
Mais felizmente não foram só eles que me cativaram,
Como outras vezes fui procurar outras qualidades,
As quais me apegar tão fortemente que não consigo esquecê-las,
És tão bela internamente que seu físico fica em segundo plano,
Muitos a veem só por fora e se deleitam com sua beleza,
Mais não se esforçam ao menos um segundo para ver como és,
Bela por dentro também como uma lady que sois,
Infelizmente a esses aos quais te veem por fora só meu desprezo,
Pois só merecem atenção àqueles que levaram algum tempo,
Para descobrir quem vos sois e como eu a amam por dentro.

domingo, 15 de julho de 2012

Asas



Um dia asas eu criei e aos céus voo lancei,
E lá do alto pude eu a cidade pequenina contemplar,
As pequenas luzes amarelas um desenho se punham a pintar,
E eu do alto a cidadezinha inteira poderia pegar,
Sem ao menos minhas mãos esticar,
Vasculha-la com cuidado para ti achar,
Olhando as avenidas tumultuadas que pareciam rios,
De luzes pequeninas a se formar na imensidão do céu,
Brancas e vermelhas, milhares delas não conseguia mais contar,
E se um dia pudesse eu cada uma delas pegar com certeza,
Do alto via as cidades que pareciam maquetes pequeninas,
Com carrinhos de brinquedos e seres de plástico moldáveis,
Será que disso mesmo não passamos nos?
De pequeninos bonequinhos de plástico com articulações,
Microchips cerebrais prontos para receber,
Quaisquer tipos de informações oriundas de diversas fontes,
Fontes as quais não sabemos as veracidades dos fatos,
Será mesmo que somos tão pequeninos,
Que não podemos ao menos gritar para ser ouvidos?
Ou será que nos somos grandes e podemos tudo fazer,
Mesmo que grande não somos possamos juntar forças,
Para que assim grande nos tornamos e a liberdade, conquistaremos,
Mais a beleza das luzes lá de baixo me lembrou a de seus olhos,
Com menos intensidade e menos beleza que seus lindos olhos,
Aos quais sou capaz de mergulhar e por instantes nunca mais voltar,
Já não sei mais se olho para a imensidão celeste,
Ou se simplesmente vejo um milésimo de seus olhos,
Já não sei se estou simplesmente em um sonho dentro deles,
Mergulhado em uma de suas íris cor anil,
Só espero não estar em um rio dentro de seus olhos,
Pois a corrente dele sempre me levara a uma imensidão negra.