sábado, 25 de dezembro de 2010

Devaneios na Madrugada de Natal

Como é engraçado para mim me sentir com você ao meu lado o tempo todo,
Como pode você nunca estar aqui do meu lado e eu sempre te sentir,
Sempre sentir o cheiro do seu perfume em lugares onde nunca esteve,
Ou pelo menos acho que nunca esteve e não sentir,
Em lugares onde já estivemos,
Meu subconsciente me maltrata o tempo todo com devaneios,
Desvarios desvairados em todos os sentidos,
Me deixa louco a sua procura,
Às vezes sou questionado,
Às vezes sou apontado,
E às vezes desapontado,
Mais em todas as vezes que me perguntaram sobre você,
A resposta foi à mesma,
“Sempre a amarei”,
Já não sei se sou mais são,
Às vezes a loucura me toma nos braços,
E me carrega para si,
Me puxa de volta para a escuridão,
Me leva para onde não sou só,
Carrega-me ao seu encontro,
E quando retomo minha sanidade,
Percebo que já não esta mais ao meu lado,
A tristeza me toma,
Começo a escrever sem cessar,
Os dedos já doloridos da longa jornada,
Reclamam mais em vão,
O sentimento é muito intenso para desperdiçar,
Cada palavra tem seu peso em minhas costas largas,
Minha mente voa como um jato,
E depois cai no mar ao recuperar os sentidos,
Ao perceber que o que escrevo nem sempre é real,
E nem sempre o real eu escrevo,
A mente cria um paradoxo entre o real e o imaginário,
O coração já não sabe criar então fica com o imaginário,
Agora o corpo nada mais deseja que o real,
Nada mais que o real,
Nada mais que você de volta ao meu lado,
Minhas lágrimas escorrem agora em meu rosto,
Espero então que caiam,
Pois já não tenho mais força para enxugá-las,
E também já não tenho mais vergonha de chorar,
Pois sei que nada me adianta esconder meu pranto,
Se todos sabem pelos olhos mareados e vermelhos,
Típicos de um coração só e apaixonado em busca do amor verdadeiro.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Consequencia


Bate, bate, bate
Corre, abre,
Entra, fecha,
Senta, conversa,
Ferve, passa,
Coloca, cheira,
Bebe, acende,
Traga, solta,
Conversas, fumaças,
Cheiros, barulhos,
Tosses, risos,
Pigarros, espirros,
Sentido, sombras,
Levanta, abre,
Sai, fecha,
Deita, dorme,
Levanta, escuro,
Sai, senta,
Abre, bebe,
Acende, traga,
Apaga, tosse,
Deita, dorme,
Claro, dorme,
Escuro, dorme,
Dias depois, dorme,
Meses depois, dorme,
Fede, arromba,
Pega, liga,
Choram, senta,
Levanta, leva,
Desinfeta, limpa,
Abre, coloca,
Fecha, carrega,
Chora, cava,
Amarra, desce,
Desamarra, cobre,
Veda, lacra,
Chora, lembra 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nosso Mundo


Com você tudo poderia ser diferente,
Aliais tudo era diferente,
Minhas atitudes eram boas,
Meus momentos eram felizes,
Ate as coisas ruins do dia a dia passavam despercebidas,
Com você meu mundo era diferente,
Com você eu vivia em nosso mundo,
Não nesse meu mundo feio e injusto,
Um mundo que você construiu para nos,
Um mundo só nosso,
Depois que se foi nosso mundo entrou em chamas,
As mesmas que havia me levado há séculos,
Depois de tudo em cinzas,
Veio então a tempestade e varreu tudo,
Não deixando restar apenas uma fagulha de esperança,
Deixando a penas o solo infértil embaixo dos meus pés,
Um solo que o terremoto haveria de abrir e me colocar para dentro,
Soterrado pelas mágoas fiquei,
 Na escuridão do centro da terra onde não há de chegar um raio solar,
Esperando simplesmente que um raio de sua suntuosa existência,
Venha me banhar com a magnitude do seu ser,
Assim aqui fico passando meus dias a esperar,
Uma simples chama do seu olhar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Intruso no ninho

Como um pássaro em um ninho alheio,
Sinto-me completamente deslocado,
Em meio à sociedade atual,
As pessoas já não são mais como eu me lembro,
Alguns não acreditam,
Mas coisas estranhas acontecem com todo mundo,
Mesmo que você não se lembre depois mais acontecem,
A rotina dos dias atuais não é a mesma,
Que de quando eu me lembro,
A correria, a presa, os carros, ônibus, buzinas e barulhos,
Coisa que meus ouvidos não eram acostumados a ouvir,
Lembro-me como era bom ouvir o relinchar dos cavalos,
Os tilintares das esporas douradas,
Os gritos de guerra,
As canções nos bandolins ao anoitecer, envolta a fogueira,
Ver as tendas armadas de cima de uma duna,
Ver as estrelas brilhantes no céu escuro da noite,
Sentir o peso da espada em minha cintura,
O da malha em meus ombros e o do elmo em minha cabeça,
Lembro-me das cores fortes das flâmulas a balançar no mastro,
E dos irmãos a seguir em marcha para cidade,
Andando pelo deserto, com apenas um pequeno cantil,
E a sorte ao nosso favor, carregando escudos e lanças,
Sempre esperando o ataque do inimigo,
Possivelmente vindo de todos os lados,
Infiéis assim que o chamavam,
Uma guerra travada com cruzes,
A cidade à frente e o sol as nossas costas,
O calor insuportável da malha quente encima da pele,
As luvas de couro, proteção indispensável na época,
Quentes como brasas em minhas mãos,
O suor pingando na areia quente,
Isso recordo muito bem,
Só não me Pergunte como, pois não saberei responder.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Deuses ?



"Vós sois Deuses, Podeis fazer tudo que faço e muito mais" Assim diz o mestre,
Seguir-lhe-íamos todos juntos então as palavras do nosso mestre,
E portamos-nos como tal,
Se somos todos deuses então, mostremos-nos como o mesmo,
Justo com todos, Amoroso com os irmãos, companheiro perante os próximos,
Portaremos-nos como filhos do deus a quem nos amamos com fervor,
Mostremo-nos com respeito aqueles que não são irmãos mais sim primos,
E acima de tudo com carinho tratar de nossa Mãe,
Não a devastais deuses injustos que eres vos homens,
Mostrei respeito perante seus semelhantes,
E mais ainda com seus iguais,
Sereis ainda piedoso com seus pequenos,
e amável com suas fêmeas,
Mas isso já não é mais de sua índole,
Seu caráter se esvaiu pelo tempo,
Os deuses antes mencionados pelo mestre já não existe mais,
Só nós resta poucos deuses puros,
E ainda assim desses pouco já fazem a diferença na balança da vida.  
    

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escolhas( 1ºA)

Nossa pequena vida é um simples caminho torto,
E cheio de bifurcações,
Ninguém passa despercebido,
Alguns poucos preferem o caminho cheio de erros,
Mais sei que todos com quem convivi,
Estarão rodeados de flores,
Mais não flores quaisqueres,
Mais sim singelas rosas,
Pois do que te basta uma flor simples,
Se não tem espinhos para te lembrarem,
Aquilo que você deve lembrar eternamente,
E do que lhe adianta só os espinhos se não haverá,
O perfume nem a maciez das pétalas,
Então a ti amigos, sou grato e lhes entrego nada mais,
Do que uma singela rosa para que sempre se lembrem,
De como a vida é boa e de como sou grato,
Mais nunca se esqueçam que se não fossem os espinhos,
Nada disso seria nada mais que uma coisa chata e sem graça.
A vocês meus sinceros agradecimentos pelo maravilhoso ano ao lado de vocês pessoas, amigos, e acima de tudo irmãos...
Não quero que levem mais que lembranças do que um dia foi ótimo para nos todos, e aqueles que não fizeram as escolha certas tentem novamente tenho certeza que vocês serão perdoados e acima de tudo serão entendidos...

Grande abraço a todos.

Do Eterno Chato, Do Mais Bobo, E do mais amigo,
Guilherme M G Barros
Eterno 1ºA numero 16
A melhor e a pior sala dos primeiros