quarta-feira, 5 de maio de 2010

Perspectiva de Viver



Caras e Cores, 
Seres e Sonos,
Coisas e Casos,
Relevos e Desapegos,
Senhoras e Senhores,
Amigos e Andores,
Coisas, Casos e Casas,
Seres estranhos a minha volta,
Sem nexos nem junções,
Sem amor nem paixões,
Sem sim muito menos não,
Como aquela nossa velha canção,
Sobre o ouvido, o som, o ritmo, a batida,
Equipara com o coração,
Como em uma noite quente de verão,
Sopra vento cai folha e a Singela emoção,
Os poros em pura transpiração,
Fogo no céu, vejo um clarão,
E o povo aqui em baixo sem solução,
Uns choram outros gritam,
Outros mesmo assim comemoram,
O tempo passa, aqueles que choram, cessam.
As lágrimas tornam-se força para continuar.   

domingo, 2 de maio de 2010

Monstros interiores

O senso da poesia é ser,
O estar é uma mera coincidência,
Pois sei quem sou, teoricamente 
Todos sabemos, o difícil é se dar conta,
Disso, por isso usamos mascaras,
Para esconder o ser interno,
O ser que somos e não que estamos,
Um ser as vezes monstruoso,
Camuflado por um lindo anjo externo,
Um anjo em que todos se refletem,
Um anjo as vezes tão belo,
Que estranhamente as pessoas se apaixonam,
Mas só nos sabemos os monstros internos que somos,
Um ser capaz de machucar um coração,
Com apenas uma palavra,
Matar um sentimento com uma das mãos,
Um ser diferentemente monstruoso, 
Mas quem será seu ser ?Como ele será?O que ele será ?