terça-feira, 12 de novembro de 2013

Viaduto


O que guarda a cama embaixo do viaduto,
Agora vazia jaz em luto,
O que guardava ora outra tão surrada e rota,
Histórias de amor e lutas guarda ela resoluta,
O que outrora cama enxuta,
Junta poeira ou má conduta,
Ha uma cama no viaduto,
Que hoje da abrigo aos insólitos,
Será que nela encontram-se sonhos,
Ou será só mais um capítulo caduco,
Que guarda em ti o grande viaduto,
Esperanças, sonhos, aconchego,
Era tudo que queria o pobre mameluco,
Que vivia aos soluços,
Chorando as magoas dos malucos,
Que vivem embaixo dos viadutos,
Esperando como uma vela acessa,
Que o pavio chegue ao fim nessa mesa,
Espera no frio cortante em custo,
Que seja socorrido desse grande viaduto,
Já que ali estão aos soluços,
E chora o quanto seja bruto,
Pois sabe que pode nunca deixar seu viaduto.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Felicidade


Felicidade será,
Um dia chuvoso sem almoço ou jantar,
Ou um calor ansiado do anterior que já se fez feliz,
Encontra-se repousa nos toques sutis,
Que se transformam em cicatriz,
Felicidade se não,
Tomam carreira nessa estação,
Enchem o céu de supetão,
Tornando os dias como os de verão,
Quentes e chuvosos como o de hoje,
Ao qual rendi-me aos seus caprichos e emoções,
E deixei me levar pelas sensações,
De contigo estar sem esperar,
Ou ao menos querer ver o dia amanhecer,
A noite que passou feito um trovão correu de mim sem perdão, 
Deixando pra trás o dia que foi,
E pra frente as aspirações,
Que fluam as palavras e cheguem até ti,
Pois eu fico aqui e logo então,
Tomar-te-ei de assalto novamente em minhas mãos,
E lhe farei feliz novamente,
Pois só assim estarei contente,
E como o compasso em uma vertente,
Meu coração bate enquanto você passa em minha mente...