quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tempestade


Um deus vem a terra e a cada segundo,
Prova sua grande força,
A noite calada jaz em profundo silencio,
Até a escuridão rompida ser,
Raios, relâmpagos, trovões soam e iluminam,
A lua humildemente dá passagem e entrega,
A noite ao deus que a comanda agora,
Com sua força visível pelos sons de seu clamor,
A chuva cai e com ela o silencio se esvai,
Seus pingos cintilam a luz,
São como aplausos de uma imensa plateia,
Aplaudindo o deus de pé,
Os homens pequeninos diante a sua força,
Correm e escondem-se como podem,
Temem seu clamor e o levante de seus filhos,
Esses fortes guerreiros que escutam seu pai,
A chamar em coro os grandes guerreiros,
Soam acima os sinos de Valhalla,
Convidando a dança os grandes guerreiros,
Em vida que esgueiram-se nas sombras da sociedade,
Essa que já não mais os veem como antes,
São estranhos no ninho da serpente,
Mas juntos correm à tempestade que os abriga,
Aquecendo seus gélidos corações do norte,
É nela que os homens guerreiros,
Que levam em seu pescoço o martelo de seu pai,
E em suas almas a bravura do grande deus,
Na tempestade encontram refúgio,
Em meio a raios, trovões e relâmpagos que cortam os céus,
Seus filhos pequeninos oram e pedem sua proteção.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cultura "Pagã"


Ouça todos os cantos ao anoitecer,
Que a toda Escócia vão percorrer,
Ouça em todas as ilhas celtas o que iram fazer,
O som da gaita de fole ninguém poderá esconder,
Sinta nosso amor e toda inspiração,
Vendo-nos dançar com animação,
Que venha a invasão cristã que ninguém pode deter,
Mais minha cultura ninguém fará morrer,
Ao norte a Nyckelharpa irão tocar,
E com o sangue invasor irão se banhar,
Não deixem morrer tão bela cultura,
Não deixem que as areias do tempo desfaçam,
Tão belos deuses justos e perfeitos do grande panteão,
Não deixem que esses invasores os destruam não,
Pela força e pela espada todos se curvaram,
Mais nunca deixem que a cultura antiga morra não,
Deixem que o sol nasça nessa bela manha,
E que os antigos retornem ao que eram sem pestanejar,
E novamente nessa terra nossos deuses irão festejar,
Não temam o fio da espada nem a fogueira que arde,
Pois assim como a lua dorme os homens descansam,
E em sua eterna batalha após o anoitecer,
Felizes todos haverão de ser...

domingo, 1 de setembro de 2013

Reticências


Será que as noites ficaram claras?
Ou apenas esqueci-me quão escuro era o dia,
Foram elas que tanto tempo me acolheram,
Tem sido ela que me abre os braços,
A noite fria e gélida que me habita,
Ou será que eu que habito nela,
A sentença já foi dada...
O juiz custa a deixar cair seu martelo,
Mas em sua mente o processo corre,
Assim como eu que corro do ponto,
O final que persegue-me,
O tolo que recusa-se a aceitar,
O inevitável que vira...
Seu coração uiva solitário a lua,
Aquela que premia sua bela noite,
E ao mesmo tempo ilumina seu ser,
Reticencias já não são suficientes,
Seu espirito não quer mais prolongar-se,
Sente-se arrastar pelos pontos do tempo,
E esse relógio que teima em denunciar,
Que o tempo não para de passar,
E enquanto passam-me a acenar,
Fico aqui a esperar,
Novamente a hora de começar,
O muro novamente construirá,
E pelo que vejo logo não cederá,
Quando ceder a certeza terá,
Sem pensar a reticencias voltara,
E nunca mais pensara em ponto final colocar,
A frase e o pensamento não mais terminara,
Todos já haverão de saber o quão feliz esta,
E mesmo assim sentado a pensar,
Em um fio de rua a passar,
Ali seu corpo velado jaz,
Junto com a água fria a passar,
Pelo seu rosto que a chorar ficara,
E as lagrimas que formam o veio,
Sem cessar rolaram pelas ruas,
E só pararão quando chegar o verão,
E só assim secadas serão,
Pelo quente ar que as cortarão...