Será que as noites
ficaram claras?
Ou apenas esqueci-me quão
escuro era o dia,
Foram elas que tanto
tempo me acolheram,
Tem sido ela que me abre
os braços,
A noite fria e gélida que
me habita,
Ou será que eu que
habito nela,
A sentença já foi
dada...
O juiz custa a deixar
cair seu martelo,
Mas em sua mente o
processo corre,
Assim como eu que corro
do ponto,
O final que persegue-me,
O tolo que recusa-se a
aceitar,
O inevitável que vira...
Seu coração uiva solitário
a lua,
Aquela que premia sua
bela noite,
E ao mesmo tempo ilumina
seu ser,
Reticencias já não são suficientes,
Seu espirito não quer
mais prolongar-se,
Sente-se arrastar pelos pontos
do tempo,
E esse relógio que teima
em denunciar,
Que o tempo não para de
passar,
E enquanto passam-me a
acenar,
Fico aqui a esperar,
Novamente a hora de
começar,
O muro novamente construirá,
E pelo que vejo logo não
cederá,
Quando ceder a certeza terá,
Sem pensar a reticencias
voltara,
E nunca mais pensara em
ponto final colocar,
A frase e o pensamento não
mais terminara,
Todos já haverão de
saber o quão feliz esta,
E mesmo assim sentado a
pensar,
Em um fio de rua a
passar,
Ali seu corpo velado
jaz,
Junto com a água fria a
passar,
Pelo seu rosto que a
chorar ficara,
E as lagrimas que formam
o veio,
Sem cessar rolaram pelas
ruas,
E só pararão quando
chegar o verão,
E só assim secadas serão,
Pelo quente ar que as cortarão...
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