quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Epístola à Lua


Dizem que em dias assim,
Toda a tristeza do mundo sobe aos céus,
E cai em forma de chuva,
Mais infelizmente não é esse meu caso,
Pois minha tristeza é tão densa,
Que não se elevara aos céus,
Mesmo nas noites em que a lua brilha,
Não posso vê-la,
Pelo fato de que nessa hora,
Minha tristeza teima em subir aos céus,
E assim enevoar a lua que tanto brilha,
Ultimamente tenho noites assim,
Mais não sei se poderei,
Vê-la novamente,
Pois meus olhos já não são mais dignos,
De ver tanta luz e beleza,
“Depois de tanto tempo”,
Não sei se meus olhos são capazes,
De enxergar sua luz sem se cegarem,
Mais mesmo assim ainda tentarei,
Afastar de ti oh lua,
Essas tão vis nuvens,
Que eu mesmo construí,
Mais te juro lua,
Que não fizera as nuvens propositalmente,
E por isso não deixarei mais elas ai,
E retirá-las-ei uma por uma,
Mesmo que isso dure a eternidade,
Ainda verei novamente seu brilho. 

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