domingo, 6 de novembro de 2011

Tic-Tac


Tempo que tempo esse que me tortura,
Esse tempo que passa logo feito um tufão,
Com a velocidade impressionante,
Que tempo é esse que flui,
Como a nevoa da noite no mar,
Que chega logo e demoras a passar,
Quão grande es um grão,
Que passas fácil no turbilhão,
Que tom é esse que escuto ao longe,
Como um pequeno guizo dezembral,
Barulho estranho esse que ouço,
No entorno da noite,
Parece-me um relógio a tictaquear,
Mais que estranhos sois som,
Meus olhos medidor de tempo algum pode ver,
Passa noite vira dia,
E o som some como aquela antiga melodia,
Que me lembro vagamente todo dia,
É melhor parar pois já se passa do meio dia,
O tempo ruge como um leão,
Só não é mais bravo que esse patrão,
Que vive a esbravejar sobre o tempo,
Sempre com passos firmes,
Passa rápido como os trens da ferrovia,
E não para nem ao menos para dizer bom dia,
Meu deus que mundo é esse que estamos,
Quantos séculos já se passaram,
E todo mundo sem esquece de bater o ponto,
Bom preciso apresar-me,
Chega de tanto falatório,
Tenho pouquíssimo tempo,
E ainda há de me lembrar de entregar o relatório.

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