segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Museu de olhos abertos



Foram em tempos sombrios,
Mesmo assim o sol brilhava em minha janela,
Apareceu em meus dias com a leveza de um sorriso,
A força dos antigos se fez presente em seus passos,
O brilho em seus olhos refletia,
A chama que em combustão consumia seus medos,
A mesma que queimava ardente no palácio de Atenas, 
Seu caminhar tão incrivelmente compassado,
Tão bela como uma antiga valsa vienense,
As cores emanadas de ti,
Formando uma linda paisagem como as da Vênus,
Seu corpo uma perfeita moldura ao que carrega em seu coração,
Uma ode de perfeições escrita incrivelmente como Julieta,
Tão incrivelmente forte que Helena se curvaria a seus pés,
A beleza contida em seu ser caminhando a eternidade homérica,
As mais incríveis efígies construídas ao seu louvor,
Esculpida em mármore travertino com detalhes de Milo,
O céu de sua boca tão lindamente decorado como a Sistina,
Poderia muito bem decorar os corredores do Louvre,
Ou em qualquer museu desse pequeno e redondo planeta,
Mas a beleza está contida em toda sua liberdade, pois, 
És tão antiga quanto o mundo que habitava antes desse.

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