segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Depois do "E"



Eu esperei a eternidade,
Estive paralisado por vidas inteiras,
Enquanto o tumulto passava por entre meus olhos,
Esvaia-se a felicidade de meu ser a conta gotas,
Envenenava-me de angústia e solidão,
Enraizado estava em um drama sem fim,
Era como um ser nefasto a procura de algo a que se agarrar,
Entorpecido e inebriado por uma dor lacerante,
Encarava a vida como que a procura de seu fim,
Estando sempre preso a ciclos infinitos de destruição,
Endurecido pela raiva que me consumia,
Envaidecido por falsas vitorias de outrora,
Ensurdecido pelo orgulho que consumia meus dias,
Entrando profundamente nos vales sombrios das vaidades, 
Estupidamente me condicionava a uma coragem sem limites, 
Foi então que tudo aconteceu,
E com um apagão repentino a luz novamente me rompeu o ser,
Há de ser agora morada em mim eternamente.

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