Já acessas as
brasas,
Do meu surrado
e velho cachimbo,
Repousa em
minha boca,
As brumas do
tempo,
Em minha
memória,
Que jaz atormenta,
Por esse
passado teimoso,
Que surge como
um turbilhão,
Queima livre o
tabaco,
A meia luz de
um candelabro,
Lembro-me do
passado a muito esquecido,
A tal hora já
havia adormecido,
Em seus
pequenos braços desvanecido,
A fumaça que
deixa meus lábios,
Lembra-me
agora o vento do norte,
A neblina
marítima daquela ilha,
Baía pelos
deuses esquecida,
Como um dorso
de baleia,
No horizonte
se erguia,
O som das
puxadas em meu cachimbo,
Tanto se
assemelham as velas,
Infladas ao
vento forte,
Cachimbo
bendito que me fez lembrar,
Que a muito
fui um lobo do mar,
E repousa em
mim nesse instante,
A lembrança de
minhas eras triunfantes,
E a voz do
trovão rompe a escuridão,
Penetra em
meus ouvidos como um clarão,
"Escreve
filho meu, lapide-se e só assim tornar-se-á diamante..."
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