segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cidade Luz


A cidade luz se rende,
A escuridão noturna,
O azul celeste da passagem,
Ao negro que toma a cidade,
Apenas os semáforos,
Iluminam as ruas calmas,
Aqui penso eu,
Que um dia tal sombra,
Invadiu-me a alma,
Nas praças gestão a geada,
Essa bendita noite alucinada,
Que por seu corpo perfumada,
Segue gélida e fria desvairada,
Como por um coche a andar,
Penetro a cidade despovoada,
Essa louca e cinza paulisteia,
Iluminada por neon,
Resplandece cintilante,
Em meio ao som das trombetas infernais,
Ouço o lamento dos ancestrais,
Já posso avistar o planalto principal,
Dessa cidade voraz e letal,
E as noites frias dessa estação,
Alegradas são por entre suas mãos.

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