quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Olhos roxos


Lembre-se de mim quando o dia escurecer,
Quando as nuvens estiverem cinza,
E os trovoes cruzarem o céu como um clarão,
Todas as vezes que a tempestade tomar os céus,
Lembre-se de meus olhos roxos,
A sua procura,
Lembre, mais só lembre-se disso mais nada,
Lembre das olheiras que me tomam,
Quando esse estagio chega,
Qualquer movimento fazia-lo,
 Percorrer o espaço em segundos a sua procura,
Pense em como o dia fica sombrio,
Mesmo com o sol escaldante,
Agradeço a escuridão por ter me acolhido,
Quando precisei dela,
Mais sofro duras penas é o custo de sua hospitalidade,
Dedicar o tempo a escuridão pode se tornar arte,
Esses dias são os mais produtivos,
Não me arrependo do que fiz,
Mais as pessoas a minha volta podem sofrer por isso,
Mais de tudo que me lembro e de ter viajado,
Longe da luz e ter sido acolhido com honrarias,
Enquanto a luz me dava às costas a escuridão,
Via-me como mais um filho de seu seio,
Hoje choro não de arrependimento,
Mais sim por saber que os olhos roxos me acompanharam,
Para o resto da vida por causa da ausência de luz.

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