Veja aquela nuvem,
Aquela linda nuvem cinza,
Que recobre toda minha cidade,
Aquela nuvem cinza que arrebentara,
Com os portões de minha muralha,
Vejam aquela nuvem,
E sempre se lembrem daquele velho,
Louco que vos fala,
Lembrem-se da passagem,
Daquela linda nuvem,
E saberão dos presságios de minha volta,
Lembrem-se do singelo movimento,
De meus pés em marcha ao palácio,
O bobo da corte sempre alegre,
Mesmo nos momentos de choro,
Risos a fim e ao fim,
Tragam-me mais vinho,
E se deleitem com o singelo hidromel,
Que vos ofereço caros amigos,
Se deliciem com a doçura dessa bebida,
Levanteis as teças com fervor,
E abençoe todos os que a guerra, iram nessa hora,
Pois não saberemos se voltaremos,
Deitem-se com as mais belas damas de minha corte,
Pois amanha poderá ser tarde demais,
Para deliciarem-se com as fornicações das belas damas,
A suas voltas,
Deleite-se dos mais puros vinhos,
Só se lembrem de orar fervorosamente,
Antes da batalha,
Pois nunca saberás o que encontraras após os portões,
Da morte derradeira,
Escute o menestrel tocar uma ultima canção,
E se lembrem dela durante a batalha,
Pois ela levara todos nos á vitoria,
Chorais aos pés de sua cama,
Pois poderá ser o ultimo momento,
Em que repousaram a cabeça,
Em seus travesseiros de palha,
Pois amanha adentraremos aquela floresta,
E só sairemos de lá com a batalha ganha.
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