segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Gelo na alma


Sem saber quando nem onde,
Mas sem por que,
As coisas acontecem,
As infelicidades da alma acontecem,
Uma simples palavra ou um ato,
Pode simplesmente,
Acabar com a noite de alguém,
Um caos pode se instaurar em você,
Em questões de segundos,
 Seu chão desmorona,
Seu mundo acaba,
Tudo que está,
 Concreto vira poeira do tempo,
Nem os grãos de poeira ficam intactos,
O fogo que outrora ardia dentro de si,
Torna-se um simples cubo de gelo,
O cubo que te lembrara o que aconteceu,
Com amargura,
O fel do estomago ferve,
Sobe a garganta e volta queimando tudo,
A fala é perdida,
Os sentidos não respondem,
Nem mesmo se ouve direito o que há envolta,
Só o que resta é o abismo aberto dentro do peito,
Uma vala funda onde gostaria de me jogar,
E só sentir o vento em meu rosto,
Enquanto caiu em queda livre,
Diante do chão vejo seu rosto,
Ainda não é tarde demais,
Para uma pequena pausa,
Aparar a queda com minhas pernas,
E caminhar em sua direção.

Um comentário:

barbara disse...

ameii essa poesia mostra muiito a realidade. amei guilerme parabêns.
Beijos