segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Aguia






Como a bela águia que alça voo no céu matutino,
E que transforma-se e renova-se aos quarenta anos,
Eu tão pequenino e frágil em meu casulo,
Serei obrigado a passar por provação igual?
Será que serei obrigado a subir ao penhasco,
E como você mutilar-me por cento e cinquenta dias?
Vou abrir minhas assas belas e formosas após isso,
Irei voar o mais alto com minhas garras novas,
E com meu grande bico irei gritar ao sete ventos,
Fazendo com meu meus inimigos relembrem,
Toda a força e vitalidade de outrora,
Esse que novamente estará afixada em meu ser,
Após subir alto e alongar pela terra minha sombra,
Grande e majestosa sombra que vislumbro do alto,
Cairei livre ao chão tendo em minha mente a imagem,
De abraça-lo com o corpo todo em um último suspiro,
Abro novamente as asas e fluo em rasante sobre o chão,
E com as garras abertas e em velocidade extrema,
Vislumbro o pequeno coelho a espera de minha bicada fatal,
E quando ele perceber-me será tarde demais para correr,
E ai que me pergunto a simples questão da vida,
Em que animal vou me basear hoje,
A cada dia uma selvageria diferente,
A cada ora um suspiro natural e uma brisa com cheiro de mato.

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