segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A Cruz



Não sei ao certo quanto tempo fazia,
Anos, meses, dias, não me recordo ao certo,
Mais fazia tempos que não olhava o céu diurno,
E nele via toda a claridade e a imensidão azul,
Que se funde com o lindo branco das nuvens,
Que acentuam o céu como se fossem pinturas,
A angulação do sol que forma tons de azul,
Que vão clareando-se, à medida que chegam ao horizonte,
Lá no horizonte onde as arvores se misturam,
Formando uma grande faixa verde escura,
Será que é lá onde o sol se esconde ao ouvir seis badaladas?
Ou será que logo ira descansar de um cansativo dia,
Será lá que escondes suas asas noturnas,
Com as quais visitas meus sonhos e retorna noite após noite,
A quanto tempo não abria as janelas,
E simplesmente deixava a luz penetrar em meu cômodo,
Já não sei mais nem quanto tempo passou aqui,
Quanto mais o tempo que perdi contando as horas,
Olhando o relógio tiquetaquear sem sentido ou direção,
Só o que sei e que em ti pensei e já não sei mais como para,
Não sei ao menos se quero parar de em ti pensar,
E isso tudo simplesmente pelo céu olhar.

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