quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Criança


Não sei se lembra aquela criança que costumava,
Olhar-te o tempo todo sem cansar,
Não sei se lembra daquele jeito de olhar-te,
Sei que era tão lindo e correto o jeito que olhava,
Um jeito quase angelical,
Lembro-me do jeito como aquela criança te olhava,
E como ela te olhava,
Lembro dos olhos castanhos grandes,
Com o olhar sereno transmitindo paz,
Como uma singela fagulha azul no céu cinza,
Uma simples chama na escuridão,
Como era lindo o olhar daquela criança,
Que me pedia carinho com os olhos,
Meu pensamento voava longe,
Só de olhar aqueles olhos,
Lembrar aquele rosto,
Ainda me faz parar e pensar,
Raramente sorrio,
Mais ao lembrar aqueles olhos,
Sempre estou com os lábios curvados para cima,
Uma paz me assola ao lembrar aqueles olhos,
Aquela singela chama acessa em meu ser,
Será que ainda lembra que estou aqui,
“Será possível” que você se lembre de mim,
Pode ser que ainda esteja afim de mim,
Ou querer aquela linda criança novamente,
Ao meu lado me inspira de todas as formas,
“Será possível” ainda sentir os cabelos,
Esvoaçados daquela criança a tocar meu rosto,
Ainda assim acho que poderei ver de novo,
Pra que tanta presa de ver-te,
Pois sei que as nuvens que te escondem,
Um dia saíram da frente com o sopro do vento norte,
E deixaram ver-te novamente,
Não tenha medo de se jogar no mar,
Pois sabe-reis que estarei a sua espera,
Com os braços abertos a te acalentar.

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